Que tu me sintas, que tu me percebas a zelar por teu pranto, que tu me vejas colhendo tuas infelicidades e arrancando tuas saudades. Eu não te quero só por amor. Eu te quero por acolher. Eu te quero para sarar tuas dores e te quero para libertar tuas agonias. Nem te quero por piedade. Eu te quero sem escolha, como quem nasce designado a uma missão, como quem costura e floresce aos poucos, como quem há de tirar vida de corações tão parecidos com o meu. Eu te quero por imensidão. Eu te aperto entre os dedos e agradeço entre mãos. Eu te guardo em minha colisão. Que tu me aceites e me entregues tuas feridas. Só sei curar ao teu lado, só sei nascer em teu peito.
(Zaluzejos)
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